sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

De volta e com "mais educação"




É muito bom retomar as atividades quando se está com as energias revitalizadas a partir da companhia de bons livros, filmes, viagens, natureza, e é claro, pessoas queridas.

Nas últimas semanas, o retorno ao trabalho teve um acontecimento especial: além de encaminhar as pendências, elaborar projetos, participar de banca e criar condições para um bom início do ano letivo, foi muito interessante participar de uma proposta, no mínimo, ambiciosa e inovadora: um momento de formação entre pares para estudo e elaboração de uma proposta de Educação Integral e de um Curso de Especialização para formar professores em tal perspectiva. Ou seja, o GT CED Educação Integral  pretende viabilizar uma série de encontros entre professores do CED e representantes das redes (municipal e estadual) para estudo e discussão de diferentes concepções de educação integral a fim de elaborar uma proposta de um curso de formação em nível de especialização a ser oferecido posteriormente pela UFSC, com apoio do MEC.

Na semana de encontros de “formação de formadores para educação integral”, foram apresentadas diferentes experiências de Educação Integral desenvolvidas em Florianópolis, São José e no estado de SC. Discutiu-se a respeito de algumas experiências clássicas e alternativas em nosso país (a Escola-Parque e o Projeto de Anísio Teixeira e as Escola-Parque em Salvador e Brasília, na década de 50; o CIEP e o projeto de Darcy Ribeiro no RJ nos anos 80; e outros projetos em andamento), experiências em outros países, como França e Finlândia, além de um breve olhar sobre os documentos oficiais.

Se a idéia não é nova, tendo grande produção acadêmica a esse respeito, é certo que faz parte de um intenso debate desenvolvido nos últimos anos em conseqüência das políticas públicas do MEC, das políticas de governo e das demandas sociais. Diante da complexidade que envolve o conceito de educação integral, tanto aquele proposto pelo Programa Mais Educação   como as concepções presentes em outras experiências, fica evidente o papel da universidade na problematização e construção de tal proposta, bem como a necessidade de redes necessárias para tal. 

Nessa perspectiva, o estudo seguirá com outros momentos de formação, que certamente serão permeados por intensos e inspiradores debates.