tag:blogger.com,1999:blog-1710321361344036054.post4074761383176431496..comments2019-11-27T12:06:28.504-03:00Comments on Educação, mídia e cultura: Palavras que educamMonica Fantinhttp://www.blogger.com/profile/06401196536550891392noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-1710321361344036054.post-24641831113054110642016-12-14T18:49:34.146-02:002016-12-14T18:49:34.146-02:00Boas reflexões assim como as inspirações e as poss...Boas reflexões assim como as inspirações e as possíveis complementações com filmes e obras literárias, que certamente enriquecem a discussão.. Monica Fantinhttps://www.blogger.com/profile/06401196536550891392noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1710321361344036054.post-20707313666588064692016-12-14T15:09:29.636-02:002016-12-14T15:09:29.636-02:00Olá, boa tarde!
Gostei muito do título, "Pala...Olá, boa tarde!<br />Gostei muito do título, "Palavras que educam", e fiquei imaginando a riqueza desse evento aos presentes.<br /><br />O texto em si me fez recordar algumas questões. Sobre o que o Prof. Pierpaolo Triani assinalou, da distinção entre “dar a palavra” e "dar a voz", achei muito interessante esse enfoque e também incluiria, entre estes, o "dar o ouvido" ao outro para assegurar "a construção e expressão de subjetividades". Considerando o que Miguel Arroyo e Rubem Alves identificaram (o primeiro de que carecemos de uma prática da escuta; e o segundo de que temos em excesso cursos de oratória, mas nos falta cursos de escutatória), acredito que "dar o ouvido" ao outro seria a base para dar-lhe também a voz e a palavra.<br /><br />A respeito da fala do Prof. Piermarco Aroldi, da "palavra em rede e como as formas de conversação produzem a sociedade", me fez lembrar do filme "Medos Privados em Lugares Públicos" (Coeurs, 2006, de Alain Resnais), para mim uma obra que sintetiza de forma bastante poética a (in)comunicação em nossos tempos. Não sei se já assistiu; é um belo filme.<br /><br />Sobre a palavra, Valter Hugo Mãe, em sua obra "A desumanização", nos traz uma profunda reflexão (compartilhada em outros sentidos e contextos por Criolo e Manoel de Barros):<br />"As palavras não são nada. Deviam ser eliminadas. Nada do que possamos dizer alude ao que no mundo é. Com trinta e duas letras num alfabeto não criamos mais do que objetos equivalentes entre si, todos irmanados na sua ilusão. As letras da palavra cavalo não galopam, nem as do fogo bruxuleiam. E que importa como se diz cavalo ou fogo se não se autonomizam do abecedário. Nenhuma pedra se entende por caracteres. As pedras são entidades absolutamente autónomas às expressões. As pedras recusam a linguagem. Para a linguagem as pedras reclamam o direito de não existir. Se as nomeamos não estamos senão a enganarmo-nos voluntariamente. Às pedras nunca enganaremos. Elas sabem que existem por outros motivos e talvez suspeitem que o nosso desejo de falar seja só um modo menos desenvolvido de encarar a evidência de existir".<br /><br />E a reflexão no final, mais que pertinente...<br />Obrigado!Douglas Alvesnoreply@blogger.com